um dia de leão

"Um polen, uma folha, um atomo... não sabia ao certo dizer o que. Mas veio. Veio até mim avisar que nascia hoje a anos atrás uma nova leoa, tão igual e tão diferente. Leoa cor de jambo com juba negra, sim essa leao tinha juba e como. Duas onix reluzentes nas cavidades oculares e um couro meio bronze.

nascia uma leoa que não era só caçadora, era fuçadora, protetora, amadora, buscadora. Uma leoa que não precisava da sombra para descansar mas optava por parar de vez em quando só para sentir o farfalhar das matas sobre seus pés.

Uma leoa que gosava sim de reluzir ao sol, com seu couro abronzeado ela sabia que reluzia como poucas. mas aprendeu a andar pelos menos brilhantes caminhos para assim aprender com delicadeza que tem hora para o show e hora para acalmar-se.

Uma leoa que ao crescer continuava com as brincadeiras com os pequenos, rolava na relva, brincava de pega pega e ao mesmo tempo tomava os menores pela boca, dava uma boa rosnada e explicava os porques dos sins e nãos. 

Me falaram que essa leoa ia cruzar no meu caminho para mostrar o caminho dos leões, que eu com ela ia começar a compreender que ser leão não é só saber rugir e caçar, mas saber andar devagar aonde tive pressa, saber olhar por entre as folhas e entender o que aquilo significava. Ia ensinar que pra ser leão é preciso ser mais e ser menos.

Engraçado nunca achei que eu fosse leão, mas até isso ela ia me explicar. E teve aquele dia que eu vi pelos olhos dos leões e tudo que ela me ensinou estava ali. Sorte daquela leoa que consegue ver todas aquelas cores de mundo.

Sorte dessa leoa que não envelhece, mas adquire aprendizado e sabedoria. Sorte dessa alcateia que bebe na fonte dessa leoa e que com ela brinca corre e aprende.

Parabéns Maity por toda essa juba e amor".

[presente do João Markun]

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